No caminho para o hotel liguei para Bruna e pedi para que
ela nos esperasse na recepção,e claro, sem dizer nada ao Luan. Quando chegamos
ela já estava a nossa espera. Veio correndo e me abraçou forte. Foi
confortante.
- Que saudade, Fabi! – Disse ela
- Também tava com tanta saudade, Bruna.
- Me desculpa? Eu queria ter ficado na sua casa, mas...
- Não tem problema, muié. Eu entendo.
- Veio falar com ele?
- Acha que eu devo?
- Você ainda pergunta? – rsrs – É claro que sim!
- Agradeça as meninas, elas que me convenceram.
Bruna piscou para Sofia e Lênise.
- Mas estamos esperando o que? Bora?
- To nervosa!
- Ahhhhhhh! Para de ser boba!
Bruna nos puxou pelos braços e nos levou até a porta do
quarto do Luan. Ela me posicionou frente a porta e atrás de mim, com as mãos no
meu ombro ela sussurrou:
- Boa sorte, amiga.
Tava nervosa o bastante para não conseguir responde-la.
Sofia e Lênise, Juntas, me abraçaram.
- Fica calma, amiga. – Disse Lêh
- Vai dar tudo certo! Qualquer coisa nos chama que a gente
acaba com o Luan. – Disse Sofia.
- Isso! Mas por favor, não sai desse quarto sem se acertas
com ele, ta? – Completou Lêh
Eu novamente não consegui responder, mas balancei a cabeça
positivamente. Elas se afastaram e entraram em um quarto ao lado, obviamente, o
quarto em que Bruna estava hospedada. Finalmente sozinha, a poucos metros “dele”,
joguei o cabelo, ajeitei, respirei fundo e bati na porta. Ele abriu depois de
alguns segundos e ao me ver pareceu se assustar. Nos encaramos por alguns
segundos, ele com olhar de quem não estava entendendo nada e o meu olhar ? Acho
que era de “pelo amor de Deus, vamos acabar com isso logo!”. Eu precisava dizer
algo.
- É..oi! – Foi o que veio na cabeça
- Oi... – Ele coçou a cabeça
- Tudo bem?
- Mais ou menos.. – Ele se enrolou, mas continuou - Quer entrar?
- Uai, posso?
- Claro!
Quando entrei não pude deixar de reparar o violão sobre a
cama desarrumada.
- Estava tocando?
- É.. estava. Me faz bem, você sabe.
Ele passou sobre mim, tirou de cima da cama e me disse pra
ficar a vontade. Sentei, claro. Se ficasse em pé era provável de eu cair de
tanto que minhas pernas tremiam. Ele sentou na cama também, de frente pra mim e
coçou a cabeça, daquele jeito que só ele sabe fazer. (Me entendem, né?) Parecia
confuso.
- Ta confuso? - Perguntei sorrindo
- Um pouco. Deu pra percerber,é?
- Essa coçadinha na cabeça te entregou.
Ele sorriu e perguntou:
- O que te fez vir até aqui?
- Você deve imaginar..
- Ah, já imaginei uma pá de coisas, mas não to entendendo
nada..
- O que não ta entendendo?
- Uai, você me expulsou da sua casa a algumas horas e agora
ta aqui. Sei lá, pode ter vindo me xingar mais um pouco.. ou não, né.
Ele sorriu e eu sorri junto com ele.
- Não, pode ficar calmo. Não vim te xingar.
- Ufa! – rsrs
Ficamos em silêncio. Nos encaramos por alguns instantes, ele
parecia procurar uma resposta pelo motivo de eu estar ali e ele estava certo,
eu precisava dizer o que eu queria. Respirei fundo e disse:
- Luan..
- Oi..
- Eu te amo tanto.
Eu disse isso de cabeça baixa, mas quando eu o olhei ele estava
com o sorriso mais radiante que eu já havia visto no mundo. Sem pestanejar ele
disse:
- Eu também te amo demais, Fabi.
- Apesar de tudo o que aconteceu, eu não consigo ficar longe
de você. E demais pra mim...
Ele se aproximou de mim, ergueu meu rosto e olhando dentro
dos meus olhos ele disse;
- Você não precisa mais ficar longe de mim...
Eu não consegui dizer nada, apenas sorri. Ele me abraçou
forte, logo depois deslizou o rosto sobre o meu e me beijou. Naquele momento eu
resgatei de um baú todo aquele amor que por um tempo ficou guardado. Novamente
voei sem asas para um mundo só meu e do Luan. ( Na linguagem vulgar: Fiz a
festa a noite inteira com o Luan Junior :D) No final da noite, deitei sobre o
peito dele e enquanto isso ele me fazia cafuné.
- Tava com tanta saudade, minha linda. – Ele disse
- Eu também. Demais!